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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Registros

Todos com os tripés armados e câmeras apontadas para o Morro Dois Irmãos. Era final da tarde, o sol já estava se pondo e um vento forte, gelado, fazia o equipamento tremer tanto quanto nós mesmos. Tenho por mim que a escolha do horário foi intencional, para termos aquele gostinho de uma saída fotográfica vários contras.

O Arpoador é lindo, realmente. Ainda mais para mim, que mesmo sendo carioca e já tendo andando por grande parte do Rio, nunca tinha parado para observar mais atentamente. Só o conhecia de dentro da janela de algum transporte e sempre com muita pressa.

Como em todas as praias, esta também é bem democrática. Enquanto alguns bebiam champagne com direito à taça e balde de gelo, outros vendiam bugigangas em cima de tapetes coloridos estendidos na calçada. Turistas, moradores, ambulantes. Todos.

Assim que sacamos as máquinas fotográficas de nossas bolsas, passamos a ser personagens secundários naquele cenário - Até porque não dá para competir irmamente com o Dois Irmãos - Trocadilhos, à parte, como éramos numerosos e com equipamentos nada discretos, começamos a despertar a curiosidade dos demais, sem distinção.

Foi curioso ver que, estimulados por nós, bastou apenas um tirar o celular ou a compacta do bolso para que todos repetissem a ação. Parecia cena de final filme onde o elenco principal chama os figurantes para fazerem aquela dancinha ridícula, só que bem mais interessante e emocionante, já que cada um fez o registro daquele momento com sua visão particular e única.

Um congestionamento de flashs, cliques, poses e sorrisos. Eramos o plano de fundo e os personagens principais. Os maestros daquele momento tão singular.

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