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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Palitar

Sair da inécia é para poucos. O fácil é se sentar à frente do computador e dizer que não tem nada para fazer. É o famoso e clássico 'tédio' que paira sobre os Facebooks, Orkuts e Twitters desse mundão. Mas amigo, você não tem o direito de falar nada, se está interagindo com a máquina as provas são nítidas de que já está fazendo alguma coisa, certo?

Teorias manjadas à parte, o negócio é que o povo gosta é de ter do que reclamar. Pode ser do tempo, da bagunça, da conexão, do namorado e de não ter o que fazer. Assim começa a sequência dos dominós enfileirados. Quando um começa, vem todo mundo atrás caçando um pontinho de erro na vida para conseguir entrar no assunto.

E eu não fico muito para trás. Como ninguém é de ferro, às vezes me entrego ao mundinho das reclamações e, só pra constar, tem gente que reclama da minha reclamação. Como assim G-zus? Reclamar duas vezes não vale. É covardia.

Mas na falta de assunto é sempre uma boa pedida. Que tal citar o clichê do elevador e reclamar do tempo? Quando está calor é ruim, quando esta frio também, quando chove, coitado de São Pedro!

A coisa funciona de um jeito que o legal não é tentar tirar o reclamão da inércia, e sim ouvir. Se você tiver a audácia de dar uns pitacos para que a situação dele melhore e tentar tirá-lo de casa, sabe o que ele é capaz de fazer? Adivinhem! Ai, gente... Reclamar, né.

Por isso esse negócio de ficar olhando demais para o umbigo e pensar muito na vida não é bom negócio. Agir, sim, é uma boa pedida. Sempre tem algo a ser feito, ou uma pendencia, que incomoda igual carne no dente. Então, neste momento, sou adepta do palito! Arranca a carninha e segue a vida. É nojento, nem sempre é simples, mas funciona.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Narrativa de uma chegada

São Paulo é a terra da garoa? Que nada! Bastou cruzar a divisa da Cidade de São Paulo que o mundo caiu de uma vez. Enquanto os pingos de quase cinco centímetros de diâmetro caiam como granizo, o Tietê fazia o favor de encher.

Passado o susto, nós conseguimos olhar pela janela e ver os deslumbrates arranha-céus e, logo em seguida, a famosa Ponte Estaiada. Não resisti e dei um tchauzinho pro SPTV - pra quem está fora de Sampa, a ponte serve como plano de fundo 'vivo' para a transmissão do jornal.

Só para variar o ambiente, como 'as favelas daqui são como as favelas de lá' - já dizia o poeta - papai fez o favor de se perder por entre elas. Terminal João Dias, alguém sabe onde fica? 'Farol à direita, farol à esquerda'. Achamos!... Ou não.

Moto, moto, moto. Carro, carro, carro. Um mercado que se for chamado de 'hiper' é pouco. Chuva, muita chuva. Viaduto pra todos os lados. E o trânsito no estilo carniça: Eu freio, todo mundo freia. Eu chego pra esquerda, todo mundo chega pra esquerda. E por aí vai...

Missão cumprida: Diadema cá estamos.

Enfim, esse texto foi produzido dentro do carro, pois a paisagem e o desespero se repetiam. O melhor a fazer, era me entregar às letras, mesmo.