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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Não, a Globo demoníaca não paga nada!

Só para esclarecer: A Globo não paga nada, quem paga é você que está assistindo, dando ibope. A partir dos números, o anunciante vê clientes em potencial e coloca um comercial bem bacana para você, caro telespectador, assistir no intervalo do seu programa predileto. Quem é o alienado agora?

Ah, tem mais! Sabe aqueles posts de ódio à novela Salve Jorge? Os lindos dos seus artistas Gospel estão ligadinhos contabilizando números de vizualizações e compartilhamentos. Sabe o que eles fazem? Colocam do lado direito do seu Facebook um anúncio de um produto religioso. Não é o máximo?!

Vocês querem mais? O mundo fala tanto de futilidade quando o assunto é entretenimento na TV, mas um dos site mais visto pelos internautas brasileiros é o Ego. Sim, ele! O que nos mostra todas as bundas que amamos, todos as idas ao restaurante e academias. Parabéns se você faz parte desse grupinho que entra lá para criticar, mal sabendo que o que conta é o seu clique.

Gente linda, as emissoras e as portais lucram  também com seu ódio. Caso não queira bancar a sobrevivência deles desligue sua televisão, não acesse os sites e não compartilhe imbecilidades nas redes. Simples, não?

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vovó moderna, garota antiquada

O valor de algumas coisas é imensurável. Sentimentos, momentos. É incrível quando conseguimos guardar com precisão na nossa memória os detalhes, o cheiro, a sensação. Porém, percebo que o aproveitamento da vida fora das redes tem diminuído com o passar das décadas e, por isso, me dou o direito de pensar que a maioria de nós não será vovôs e vovós cheios de histórias para contar, mas aqueles velhos rabugentos reclamando do que acontece, deixou de acontecer ou ainda nem aconteceu!

Um pouco da culpa podemos colocar na internet, na verdade, no nosso comportamento online. Já perceberam que as pessoas mais divertidas, que seguimos e curtimos, são as mais mal humoradas? E é triste saber que grande parte dos que acompanham esse tipo de humor leve esse comportamento para a vida real.

Quando a internet surgiu - para nós, meros mortais - tudo era uma grande novidade. Xingávamos como anônimo pela emoção de não sermos descobertos. O importante não eram as frases, pois não precisávamos de camuflagens para algo que falaríamos com as pessoas ao vivo, se necessário. Até por que só ofendíamos mesmo nossos inimigos, mas hoje esse artifício também está servindo para humilhar os próprios amigos.

Fico pensando seriamente nos assuntos que serão contados para os nossos netos. Seriam as declarações de ódio gratuitas, a descoberta do significado da palavra recalque e as interpretações de textos mal feitas que nos levaram a pessoas que não gostaríamos que existissem? Belas historinhas essas, não? Além dos memes e virais que tem durado menos de 24h e surgido em uma média de 5 vezes por semana. Haja memória para lembrar de todos, mas o Google está aí para isso.

Sim, eu dependo do computador. Trabalho nele, estudo com ele e compartilho ideias através dele. Passo em média 10h sentada em frente de um todos os dias. Por isso torço pela chegada do fim de semana. Não para descansar, mas para me libertar. Não quero um mediador sempre. Também não preciso de lições de moral com imagens bonitas, pois meu caráter está mais que definido e as paisagens... prefiro vê-las ao vivo, obrigada.

Em vez de fingir viver, prefiro só viver. Dá menos trabalho. Não quero só compartilhar coisas que vi através de uma tela luminosa, quero, eu mesma, estar presente nos acontecimentos, passar perrengue, comer fora, ver o tempo mudar, passar, virar. Quero ter minhas próprias histórias pra contar.

por André Dahmer

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Espelhos

Inconsciente do mal que fazem ao próximo, não se permitem conscientizar nem um pouco de como estão interferindo na vida das pessoas a sua volta, mesmo que estas nem conhecidas sejam. Como uma parede de tijolos espessos revestidos de cimento da "verdade" abusam de um poder de achar que tem em si de dividir com qualquer um a sua má vontade e opinião desnecessária.

São tão enfáticos quando estão praticando atos de desdém que, sinceramente, creio que se torna uma necessidade de vida (tentar) pisar para ficar mais acima. Isso não te faz melhor, isso não te faz crescer, isso não te faz superior. Fazem com tanta veemência que, por todas as vezes, parece ser proposital. A interna do seu próprio egos é tão intensa que reflete em qualquer coisa que esteja a sua volta. Cuidado com os espelhos, pois podem refletir todo esse asco provindo do seu mais íntimo, a base da podridão.

Quando carapuças começarem a cair sobre vossas cabeças, reflitam se fazem pequenas boas ações diariamente, se pensam no conteúdo ou ações proporcionam ao próximo. São relevantes? Ajudam? Caso se importem com o bem-estar de qualquer ser que seja, seria interessante que, no mínimo, pensassem antes de agir como se fossem os únicos donos do espaço que ocupam ou da verdade que saem de suas bocas cheias de preconceito.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Incompreendidos

Ideias nascem do subconsciente dos artistas e, parte das vezes, são tão complexamente simples que chegam a ser incompreendidas e mal interpretadas por comuns. Mesmo assim, com a ajuda da reprodutibilidade o conteúdo é disseminado por todos os cantos do globo e, por isso, surgem inúmeros comentários - significativos ou imbecis - sobre tais pensamentos, imagens ou textos.

A vivência e o intelecto tem muito a ver com a sensatez na hora julgar uma novidade sem prévia explicação. Por vezes, a introdução se faz necessária para que possamos obter alguma opinião coerente, mas o que mais fazemos é tirar conclusões precipitadas. Pode ser que seja culpa dessa veloz modernidade que não nos permite aprofundamento. A superficialidade passa sobre nossos olhos, mas a informação não chega ao cérebro, só é rebatida pela boca.

Se objetos geram inúmeras interpretações - erradas ou não -, imagine uma pessoa que é mutável a cada nascer do sol. Que evolui e muda de opinião com o passar dos anos. Por isso penso que se fazer entender não deveria estar na nossa lista de prioridades. Cada um tem, infelizmente, o direito de achar de acordo com o que imagina ser. Palpites surgem como dominós em sequência que desencadeiam uma série de opiniões. Um burburinho ensurdecedor.

Um tema, tantas explicações e teorias, tão múltiplo. Fingir entender o incompreensível não basta. Busque, mas não a lógica, e sim, o sentimento nas coisas. Admiro mesmo quem tem o poder da persuasão embutido em suas qualidades. Que realmente consegue dizer com palavras simples e vocabulário não muito rebuscado aquela grande novidade, viralizando sua opinião e fazendo com que uma grande maioria (dita burra) acredite e compartilhe daquilo como verdade absoluta.

Deveríamos parar de nos preocupar em sermos compreendidos o tempo inteiro. Se não temos a persuasão nos favorecendo, que o mundo nos aceite da maneira como quiser. Fiquemos felizes pelo nosso ponto de vista único, mesmo sem sentido para alguns, mas com base sólida. Não podemos obrigar o mundo a concordar com nossos pontos de vista, afinal cada um tem uma razão diferente para o que é ser. Nem ficarmos nos martirizando por enxergarmos aquilo que a maioria não vê, isso é um dom. Agradeça.

por Angeli