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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Choro de alegria

Um nó na garganta. Uma palpitação no peito. Um sorriso largo e despretensioso. E quase que imperceptível, aquela lágrima, que não se fez questão nenhuma de segurar, já percorreu por todo o rosto. Sem sentir nenhum incômodo daquele toque suave passando bem devagarzinho sobre a pele, sem nenhuma vergonha de expressar o sentimento profundo. Está entregue.

Mesmo com todos os contras, uma beleza intensa aflora. Como se o brilho que surge quando a luz reflete na lágrima viesse de uma camada escondida. Não há medo se ser julgado pela consequência ou pela causa. Nariz vermelho, olhos inchados, rosto molhado. Uma ligação, uma surpresa, um acontecimento. Não importa.

Depois do ápice, a queda. O sorriso se mantém, mas o coração acalmou e o nó se foi. Os dedos adormecem de tanto enxugar os vestígios das lágrimas. Falta o ar. Hora de respirar fundo, agradecer e esperar para que aquele momento se repita o mais breve possível. Já passou.


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