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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Linda

Não sou do tipo que funciona muito bem na parte da manhã. O acordar é quase um sacrifício diário. Só consigo abrir um olho por vez e o primeiro "bom dia" só acontece depois de 15 minutos após a claridade me permitir abrir os dois ao mesmo tempo. Tudo se agrava quando é uma segunda-feira qualquer.

O processo se repete todos os dias e hoje não foi diferente. O mesmo pesar no ato de ter que sair da cama. Os olhos fecho e cochilo aqueles três minutinhos sagrados. E nesse tempinho sonhei como se a história tivesse durado a noite inteira.

Não costumo sonhar. Tenho pesadelos praticamente todos os dias e não, não pretendo saber o significado deles. Então, quando aparece algo bom em meu subconsciente - ou, para os que acreditam, quando meu espírito vai dar um passeio gostoso por outros lugares -, faço questão de registrar e ficar repetindo as imagens na minha cabeça durante dias e tento não esquecer.

Em mais uma segunda de manhã, esperando ter um super pesadelo surreal para compartilhar com a primeira pessoa que encontrar, tive uma surpresa. Durante aqueles três minutos viajei pelo meu mais profundo sentimento e senti. Não foi saudade, não foi inconformismo, foi como se em uma redoma de carinho eu fosse envolvida.

Abri os olhos bem lentamente querendo não parar de sentir, mas aquela sensação só terei, talvez, em outra vida ou em meus tão raros sonhos. Aquele abraço tão intenso que me fez sentir protegida, me mostrou que tenho quem olhe por mim e que acordar todos os dias não deveria ser tão sacrificante.

Você se chama Linda, por que é linda, tia. Sempre.

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