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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Alteração(zinha)

Os advogados falam uma língua que ninguém entende e uma significativa parcela da sociedade os idolatra, pois estão sempre bem arrumados e falando coisas indecifráveis por pobres mortais. Isso só pode ser sinônimo de coisa boa, ? Também podemos citar os médicos, que além de falarem difícil, também escrevem difícil. Meus parabéns eternos para os farmacêuticos, os únicos capazes de decifrar tais "hieróglifos"

Admiro muito a coesão desse povo. "Inventaram" dialetos para se comunicarem, o que permite que leigos não interfiram em suas funções. Além disso, brigam entre si, desacatam, falam injúrias, porém se qualquer um, que não faça parte deste seleto grupinho, falar mal, formam um escudo indestrutível com o apoio da lei, logicamente. Isso é realmente bacana e não estou sendo irônica, no momento.

Já as classes das quais faço parte não são nada parceiras. Cada integrante se sente no direito de melhorar a obra do coleguinha, apontando falhas - por vezes não, elas não existem - mesmo quando não são capacitados para tal. Dão aquela ajeitadinha no que demoramos horas, dias, anos para concluir, a fim de dar aquele toque especial que descaracteriza todo o trabalho.

No caso, não estamos falando de apontar o dedo, falar mal ou criticar, mas de colocar a mão na massa sem autorização prévia. Por inúmeras vezes vemos nossos trabalhos publicados com aquelas alteraçõezinhas cheias de erros nítidos até para o mais desatento. E, por acaso, é o nosso nome que está assinado junto com o estrago que fizeram.

Receber críticas é maravilhoso, sempre recebo. Faço ajustes nos meus trabalhos por conta de algumas delas, pois são pontos agregadores ao material que já possuo. As destrutivas, certamente, são ignoradas. O completo absurdo é pegar um material pronto - seja texto ou fotografia - alterar e publicar sem, ao menos, avisar ao autor. Lembrando que revisar é diferente de alterar, por isso existem duas palavras, uma para cada coisa.

O estrago acontece quando o material entregue com tanto cuidado, que recebeu aquela ajeitadinha especial, é disseminado por toda internet e não tem mais volta. Aquele texto é seu, mas não é bem assim. Aquela fotografia é sua, mas aquele recorte não foi o escolhido por você. É o seu nome, mas não é o seu estilo, suas palavras, sua imagem, você impresso ali.

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